- Não se torture. Um dia terá que contar a verdade.
- Eu sei.
Meu nome é Kael, tenho 19 anos e moro em Osaforte, cidade litorânea pertencente à Khalong. Desde pequeno, tive 3 grandes amigos: Henri, Alice e Rágoas. Henri - que hoje tem 21 anos -, sempre foi meu melhor amigo e, embora nem sempre demostrasse, eu sempre soube que era recíproco, mas ele era frio demais às vezes, vivia me dando broncas. Alice - mesma idade que eu - era a mais alegre e descontraída, quando éramos crianças vivia inventando brincadeiras e adorava conversar. Já Rágoas -- 1 ano mais velho que eu --, sempre foi o mais tímido e reservado, mas era o "bom senso" da turma.
Muita coisa aconteceu desde que éramoss crianças, mas as mudanças começaram a se agravar quando eu tinha 15 anos.
Henri e eu éramos da mesma turma na Escola Militar enquanto Rágoas estava noutra; Alice continuou na Escola Segmental, que também ficava em Osaforte. Quando Henri já tinha a idade certa pra ingressar na Escola Militar, fiz ele me prometer que só entraria quando eu também pudesse entrar. Bem egoísta da minha parte, mas não sabia o que faria sozinho, depois que ele e Rágoas tivessem suas ocupações o dia todo e considerando que a Escola Segmental da Alice começava antes da Militar. Ele prometeu e compriu, entrou dois anos atrasado, embora eu nunca soube como ele conseguiu convencer o pai de que faria isso - mas nunca escutei uma única reclamação do pai dele a respeito -, e afinal, sem o Henri não teria aprendido metade das técnicas com a espada que conheço hoje. Nunca terei outro amigo como ele, foi mais que um irmão pra mim. Todo dia depois das atividades, nos encontrávamos com o Rágoas e iamos caminhando até a escola da Alice. Quando encontrávamos ela conversando com outros garotos, eu já fechava a cara, enquanto o Henri ria da minha expressão e o Rágoas só observava com um sorriso no rosto. Assim que ela notava a minha "satisfação" por pega-la ali de papo com outros garotos, fazia questão de enrolar mais um pouco (infelizmente não fui eu que notei isso, foi o Henri, que me disse enquanto me dava a maior bronca sobre "deixar de ser criança"). Como se fosse por impulso, assim que ela vinha para o nosso lado, eu pegava no ombro dela, e dizia qualquer coisa sobre como foi o dia, só pra deixar claro para aqueles marmanjos, colegas dela, que ela estava com a gente e não com eles. Quando ela resolvia trazer algum(a) colega, quem fechava a cara era o Henri, que nunca gostou muito de mais ninguém além de nós três. O Rágoas sempre ficava à margem de tudo, nunca se aborrecia, mas também nunca ficava eufórico com alguma coisa, porém ele nunca deixou de participar do nosso grupo e nós sabiamos que ele gostava muito da gente, embora só se abrisse de fato com o Henri.
Foi num desses dias, antes de nos encontrarmos com a Alice, que algo despertou em mim: assim que chegamos na frente da Escola Segmentar, não a encontramos - há varios dias ela vinha demorando a aparecer quando chegávamos -, então ficamos ali esperando. Alguns minutos depois ela aparece, andando mais apressadamente que o normal e acompanhada de uma amiga, as duas rindo muito. Logo depois quando já estava chegando proximo da gente, eu já acenando pra ela, um garoto lá do fundo a chamou. Ela olhou para trás, surpresa, a amiga com uma cara de satisfação, até que o garoto chegou próximo a ela, disse algumas palavras que eu não consegui ouvir e se aproximou.
Ela beijou o garoto na boca, com uma expressão tão serena que eu nunca tinha visto antes. Um sentimento forte e ardente se apoderou de mim, com meu estomago se revirando e aquele ciúmes intenso bloqueando todos os meus pensamentos. Descobri na pior hora possível que estava apaixonado pela minha melhor amiga.
Muita coisa aconteceu desde que éramoss crianças, mas as mudanças começaram a se agravar quando eu tinha 15 anos.
Henri e eu éramos da mesma turma na Escola Militar enquanto Rágoas estava noutra; Alice continuou na Escola Segmental, que também ficava em Osaforte. Quando Henri já tinha a idade certa pra ingressar na Escola Militar, fiz ele me prometer que só entraria quando eu também pudesse entrar. Bem egoísta da minha parte, mas não sabia o que faria sozinho, depois que ele e Rágoas tivessem suas ocupações o dia todo e considerando que a Escola Segmental da Alice começava antes da Militar. Ele prometeu e compriu, entrou dois anos atrasado, embora eu nunca soube como ele conseguiu convencer o pai de que faria isso - mas nunca escutei uma única reclamação do pai dele a respeito -, e afinal, sem o Henri não teria aprendido metade das técnicas com a espada que conheço hoje. Nunca terei outro amigo como ele, foi mais que um irmão pra mim. Todo dia depois das atividades, nos encontrávamos com o Rágoas e iamos caminhando até a escola da Alice. Quando encontrávamos ela conversando com outros garotos, eu já fechava a cara, enquanto o Henri ria da minha expressão e o Rágoas só observava com um sorriso no rosto. Assim que ela notava a minha "satisfação" por pega-la ali de papo com outros garotos, fazia questão de enrolar mais um pouco (infelizmente não fui eu que notei isso, foi o Henri, que me disse enquanto me dava a maior bronca sobre "deixar de ser criança"). Como se fosse por impulso, assim que ela vinha para o nosso lado, eu pegava no ombro dela, e dizia qualquer coisa sobre como foi o dia, só pra deixar claro para aqueles marmanjos, colegas dela, que ela estava com a gente e não com eles. Quando ela resolvia trazer algum(a) colega, quem fechava a cara era o Henri, que nunca gostou muito de mais ninguém além de nós três. O Rágoas sempre ficava à margem de tudo, nunca se aborrecia, mas também nunca ficava eufórico com alguma coisa, porém ele nunca deixou de participar do nosso grupo e nós sabiamos que ele gostava muito da gente, embora só se abrisse de fato com o Henri.
Foi num desses dias, antes de nos encontrarmos com a Alice, que algo despertou em mim: assim que chegamos na frente da Escola Segmentar, não a encontramos - há varios dias ela vinha demorando a aparecer quando chegávamos -, então ficamos ali esperando. Alguns minutos depois ela aparece, andando mais apressadamente que o normal e acompanhada de uma amiga, as duas rindo muito. Logo depois quando já estava chegando proximo da gente, eu já acenando pra ela, um garoto lá do fundo a chamou. Ela olhou para trás, surpresa, a amiga com uma cara de satisfação, até que o garoto chegou próximo a ela, disse algumas palavras que eu não consegui ouvir e se aproximou.
Ela beijou o garoto na boca, com uma expressão tão serena que eu nunca tinha visto antes. Um sentimento forte e ardente se apoderou de mim, com meu estomago se revirando e aquele ciúmes intenso bloqueando todos os meus pensamentos. Descobri na pior hora possível que estava apaixonado pela minha melhor amiga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário