quarta-feira, janeiro 31, 2007

Aparência vs. Confiança

Eu bem que gostaria de ter mais força de vontade para certas coisas...mas as vezes a gente perde o controle e sede à preguiça. É uma merda. E a coisa piora quando a gente vê pessoas mais persistentes.

Ultimamente tenho tido algumas teorias sobre a relação entre pessoas. Cheguei a conclusão que quanto mais fisicamente atraente a pessoa é, mais insegura fica a outra parte, independente se essa outra parte também é atraente, e vice-versa. E as vezes a insegurança tem razão, porque a pessoa atraente tem muito mais oportunidades de trair que alguém "normal", e possívelmente ela trairá, ainda mais se a pessoa tiver certeza que a outra não vai ficar sabendo, ou se não houver algo que a "prenda".

Felizmente também cheguei a conclusão que, embora faça muito sentido e é o que acontece de modo geral, as coisas não são tão simples assim, e tudo tem a ver com os princípios de cada um, seus objetivos, e o sentimento envolvido na relação. Acho que eu nunca conseguiria manter uma relação séria em que não me sentisse completamente satisfeito, a ponto de considerar perdoável uma "traiçãozinha" rápida.

Pensei nisso depois de conversar com alguém que, em teoria, nunca seria fiel a alguém, mas na prática, poderia ser, só faltou gostar de alguém de verdade.

No meu caso, a confiança que eu sinto impede que seja inseguro. O que me tranquiliza, lógico.
Não é todo mundo que conquista minha confiança sincera.

terça-feira, janeiro 30, 2007

KK: Capítulo II

Capítulo II


Kael respirou fundo e passou a mão pelos cabelos castanhos. Não sentia um pingo de sono, e ainda eram três e meia da manhã.
Ele sabia muito bem o que estava incomodando tanto, mas era tão estranho ter esses tipos de pensamentos por sua melhor amiga.

- Droga!

Já que estava acordado, Kael resolveu descer, e ver se tinha algo para comer. Não havia jantado, e agora tinha uma certa fome incomodando.
Levantou-se, sentindo o corpo cansado, e uma dor estranha percorrendo suas costas. Saiu no corredor, e tomou a direção da cozinha, mas parou espantado, ao ouvir passos.

- Alice, é você? - disse. Mas logo depois viu que se tratava de uma loucura e pensou "Merda!"

Por que tinha sempre que pensar nela? Podia ser qualquer um de seus amigos, mas não ela. Isso já estava começando a incomodar.
Cortando esses pensamentos, Kael percebeu que não tivera resposta. Apressou-se, e qual foi a sua surpresa ao dar de cara com seu melhor amigo, Henri, sentado em uma cadeira, as costas arqueadas, o queixo encostado no tampo da mesa, com as mãos fechadas. Kael franziu as sobrancelhas ao ver a expressão estranha do amigo, mas ficou ainda mais surpreso ao analisar o seu estado.

Henri tinha as faces coradas, febris... os olhos brilhavam de modo anormal, e ele estava com os lábios entreabertos, como se sentisse dificuldades para respirar. Impressionado, Kael deu um passo a frente, imaginando que seu melhor amigo estava com algum mal estar.

- Está tudo bem?

Henri piscou de um jeito engraçado, e fixou o olhar em Kael, como se só agora se desse conta de que ele não era uma simples visão.
Preocupado, Kael deu mais um passo, ao mesmo tempo em que Henri ficava com os olhos semi-serrados, levantando a cabeça de sobre a mesa.

- Sim.
- Por que está acordado a essa hora?
Henri se encostou na cadeira e disse calmamente "Só pensando. E você?"
- Eu queria parar de pensar, isso sim. As vezes a gente se impressiona consigo mesmo. Tem uma coisa que está acontecendo comigo que nunca pensei que pudesse acontecer...veja o que acha...é que...
- Precisou ver a Alice beijando outro cara pra perceber que é apaixonado por ela?

Kael precisou de algum tempo para se recuperar do susto. Como ele sabia?

- C-Como sabe, Henri?
- Kael, não seja bobo. Qualquer um notaria, com a cara que você fez.
- O Rágoas também percebeu?
- Com certeza. Ele percebe mais coisas que nós dois juntos. Mas não se preocupe, somos seus amigos.

Kael sorriu conformado e perguntou "Mas o que eu faço agora?"

- Kael, meu amigo, você tem muito o que aprender...

quarta-feira, janeiro 24, 2007

KK: Capítulo I

Capítulo I


- Mesmo depois de tudo, você não me amou. É algo proibido para mim.
- Não se torture. Um dia terá que contar a verdade.
- Eu sei.

Meu nome é Kael, tenho 19 anos e moro em Osaforte, cidade litorânea pertencente à Khalong. Desde pequeno, tive 3 grandes amigos: Henri, Alice e Rágoas. Henri - que hoje tem 21 anos -, sempre foi meu melhor amigo e, embora nem sempre demostrasse, eu sempre soube que era recíproco, mas ele era frio demais às vezes, vivia me dando broncas. Alice - mesma idade que eu - era a mais alegre e descontraída, quando éramos crianças vivia inventando brincadeiras e adorava conversar. Já Rágoas -- 1 ano mais velho que eu --, sempre foi o mais tímido e reservado, mas era o "bom senso" da turma.
Muita coisa aconteceu desde que éramoss crianças, mas as mudanças começaram a se agravar quando eu tinha 15 anos.

Henri e eu éramos da mesma turma na Escola Militar enquanto Rágoas estava noutra; Alice continuou na Escola Segmental, que também ficava em Osaforte. Quando Henri já tinha a idade certa pra ingressar na Escola Militar, fiz ele me prometer que só entraria quando eu também pudesse entrar. Bem egoísta da minha parte, mas não sabia o que faria sozinho, depois que ele e Rágoas tivessem suas ocupações o dia todo e considerando que a Escola Segmental da Alice começava antes da Militar. Ele prometeu e compriu, entrou dois anos atrasado, embora eu nunca soube como ele conseguiu convencer o pai de que faria isso - mas nunca escutei uma única reclamação do pai dele a respeito -, e afinal, sem o Henri não teria aprendido metade das técnicas com a espada que conheço hoje. Nunca terei outro amigo como ele, foi mais que um irmão pra mim. Todo dia depois das atividades, nos encontrávamos com o Rágoas e iamos caminhando até a escola da Alice. Quando encontrávamos ela conversando com outros garotos, eu já fechava a cara, enquanto o Henri ria da minha expressão e o Rágoas só observava com um sorriso no rosto. Assim que ela notava a minha "satisfação" por pega-la ali de papo com outros garotos, fazia questão de enrolar mais um pouco (infelizmente não fui eu que notei isso, foi o Henri, que me disse enquanto me dava a maior bronca sobre "deixar de ser criança"). Como se fosse por impulso, assim que ela vinha para o nosso lado, eu pegava no ombro dela, e dizia qualquer coisa sobre como foi o dia, só pra deixar claro para aqueles marmanjos, colegas dela, que ela estava com a gente e não com eles. Quando ela resolvia trazer algum(a) colega, quem fechava a cara era o Henri, que nunca gostou muito de mais ninguém além de nós três. O Rágoas sempre ficava à margem de tudo, nunca se aborrecia, mas também nunca ficava eufórico com alguma coisa, porém ele nunca deixou de participar do nosso grupo e nós sabiamos que ele gostava muito da gente, embora só se abrisse de fato com o Henri.

Foi num desses dias, antes de nos encontrarmos com a Alice, que algo despertou em mim: assim que chegamos na frente da Escola Segmentar, não a encontramos - há varios dias ela vinha demorando a aparecer quando chegávamos -, então ficamos ali esperando. Alguns minutos depois ela aparece, andando mais apressadamente que o normal e acompanhada de uma amiga, as duas rindo muito. Logo depois quando já estava chegando proximo da gente, eu já acenando pra ela, um garoto lá do fundo a chamou. Ela olhou para trás, surpresa, a amiga com uma cara de satisfação, até que o garoto chegou próximo a ela, disse algumas palavras que eu não consegui ouvir e se aproximou.

Ela beijou o garoto na boca, com uma expressão tão serena que eu nunca tinha visto antes. Um sentimento forte e ardente se apoderou de mim, com meu estomago se revirando e aquele ciúmes intenso bloqueando todos os meus pensamentos. Descobri na pior hora possível que estava apaixonado pela minha melhor amiga.

Incompreensão, Tédio e Felicidade

Por que é que as pessoas pensam na internet como um vício?
Se tudo nela é uma conversão do real, então seria um vício conversar, trabalhar?
O fato é que tem gente que não entende. E por essa "gente", defino aqueles que não usam a internet e provavelmente ficam fazendo suposições de como tudo funciona. Quando uso internet demais aqui em casa, me tratam como se eu estivesse usando droga. É incrível.

Fora o tédio que essas férias estão...à tarde não tem nada pra fazer, visto que minha internet aqui é discada, e não posso entrar. E aqui não tenho aquela vontade de sair, mesmo sozinho, que tenho lá em Curitiba. Deve ser por aqui já conheço de cor essa cidade e sei que não estou perdendo nada.
Poderia haver um equilíbrio, mas não. Ou ficamos atoa demais ou ocupados demais.

Mas o mais impressionante, é como a sua felicidade pode se concentrar em uma só pessoa. Como uma lâmpada num quarto escuro. O ruim é o ciumes, a insegurança de perder, mas isso fica pra segundo plano. Amar é o que há. Principalmente quando amamos uma pessoa boa, inteligente e de princípios.

Falta 1 mês para voltar a Curitiba.

domingo, janeiro 14, 2007

Khalong Kael: Prólogo

Já não suporto mais esse sofrimento. As pessoas já perceberam que não sou mais o cara feliz e extrovertido que eles conheciam. Nunca contei a ninguém, acham que é só uma fase. Mas eu preciso contar. Acabei me apaixonando pela pessoa errada. Tão errada, que se eu me abrisse com ela, estragaria tudo. Como se não bastasse, a única pessoa com quem poderia desabafar, desapareceu, mas eu sei que ele foi embora pela própria vontade porque vi ele se despedir de alguém - no entanto, para mim nenhuma palavra. Isso sem contar o caos em que a cidade se transformou e a quantidade de rumores que estão surgindo sobre o retorno de Karbon. Mas uma coisa de cada vez: vou contar toda a história.


Na lembrança de um sonho distante, eu vejo você.
Vejo você numa lembrança, distante do meu sonho.

Uma chave liberta os dois corações.
O seu e o meu. Longe dos dois, nos faz sofrer.

Compartilhamos o mesmo sonho, a mesma lembrança.
A mesma distância.

O mesmo coração.


segunda-feira, janeiro 01, 2007

E assim foi 2006, o Ano XIX

2006, o Ano XIX, em que minha vida mudou muito, em que eu amadureci muito, e o ano em que eu começei a sentir o peso da falta de alguém ao meu lado...e o ano em que duas pessoas que eu amava me deixaram. Foi o início da nova vida. Há perdas e ganhos.

Escrevo sobre esse ano proporcionalmente ao que escrevi no Hellness XIX, pouco.

Mas em 2007, com o Hellness XX, ano em que faço 2 décadas de existência, vou voltar a escrever. Este ano necessitará disso.

2007 será o ano em que meu coração será preenchido.